Nota do MAIS ao Encontro de Bancários (as) do Banco do Brasil e Caixa Econômica no sábado 14/03/2009
Movimento de Autonomia e Independência Sindical
É preciso Autonomia e Independência Sindical!
Desde a ascensão do governo Lula, alguns movimentos, sindicatos e setores, ao invés de mobilizarem-se com mais força em favor dos interesses coletivos que deveriam representar, aderiram à lógica de adaptação ao poder e dos acordos de ocasião.
Infelizmente, não tem sido diferente na atual gestão de nosso sindicato e na atuação da CONTRAF em nível nacional.
A participação pela base
Apesar disso, nossa categoria bancária tem conseguido construir greves importantes, como a última, a partir de uma consciência pela base da necessidade de participarmos e atuarmos coletivamente.
Isso significa dizer que, para além da crítica às direções sindicais que tentam enfraquecer a nossa luta, de maneira clara ou mesmo tácita, é preciso fazer a autocrítica de nossa atuação, como bancários(as).
Não basta estarmos em assembléias das greves. É fundamental que no dia-a-dia de nosso local de trabalho, discutamos e lutemos por melhores condições trabalhistas, de saúde, salariais, etc.
Os BANCOS (BB e CEF) podem e DEVEM dar mais.
A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 3,883 bilhões em 2008, com elevação de 62,3% em relação ao ano anterior, quando o lucro foi de R$ 2,392 bilhões. (agência O Globo, 12.02.2009).
O lucro do Banco do Brasil em 2008 registrou um crescimento de 74% em comparação ao de 2007 e ficou em R$ 8,8 bilhões, estabelecendo um novo recorde. No quarto trimestre do ano passado, o crescimento do lucro foi de 142% sobre o mesmo período do ano anterior, chegando a R$ 2,9 bilhões. (Folha On Line, 19/02/2009). E isso tudo, apropriando-se indevidamente do superávit da PREVI.
O crescimento da carteira de crédito é o maior desde 2000, encerrando o último trimestre do ano passado com R$ 224,8 bilhões.
O índice de cobertura das despesas de pessoal no Banco do Brasil (R$ 8,7 bilhões) com as receitas de prestação de serviços (R$ 10,5 bilhões) alcançou a marca de 121,7% no ano, contra 113,2% apurados em 2007. (Agência de notícias SISBB, 19/02/2009).
Vendo os números, percebemos como o nosso trabalho tem conseguido gerar cada vez mais resultados extraordinários ao BB e à CEF. Em contrapartida, porém, estes resultados não têm servido para reconhecer este nosso esforço, propiciando-nos melhores condições de trabalho.
De fato, como afirma a campanha publicitária do Banco do Brasil: “Nossas diferenças fazem a DIFERENÇA”. Mas não se trata da diversidade regional, mas do fosso entre os grandes executivos, gerentes, e a base da pirâmide: gerência média e escriturários, assistentes, etc.
A ALTERNATIVA É A MOBILIZAÇÃO!
Por isso, é fundamental estarmos em permanente estado de mobilização.
É preciso resgatar bandeiras esquecidas pela direção do sindicato, como a REPOSIÇÃO DE PERDAS SALARIAS, do governo FHC e a ISONOMIA entre funcionários. Mas não esta isonomia “por baixo”, onde o contingente de funcionários novos já é superior ao de funcionários pré-98, que, ao terem seu processo de saída acelerado, permaneceram apenas os novos funcionários, com direitos e salários rebaixados.
UMA ESTRATÉGIA CORRETA PARA AVANÇAR A LUTA
A mesa única da FENABAN tem contribuído para limitar a possibilidade de avanços, ao sujeitar praticamente toda a nossa expectativa, negociação e ação prática a esta mesa.
A maior representação disso é que nem a promessa de iniciar o debate sobre nosso PCS/PCC (no caso do Banco do Brasil) foi pra frente. O Banco recusou-se a estipular prazos ou mesmo indicar uma data para o início da discussão.
Infelizmente, terminamos a nossa greve, com apenas um abono “200 anos” de R$ 1300,00, e uma promessa de Plano Odontológico.
Nada sobre PCS, lateralidade, isonomia, condições de trabalho, etc.
E ainda sem a falta abonada do dia de greve “a mais” que o Ceará fez.
Logo, precisamos ter uma Mesa dos Bancos Públicos, para que o governo negocie conosco, de fato, estas questões que nos afetam diretamente.
Propostas BB E CEF:
- Fim da mesa única, com mesa dos Bancos Públicos;
- Isonomia de salário e direitos entre todos os funcionários(as), ampliando e não limitando ou reduzindo direitos;
- Reposição das perdas salariais desde a database de 1994, de modo escalonado até fins de 2010;
- Combate ao assédio moral;
- Banco Público a serviço do desenvolvimento nacional sustentável;
Banco do Brasil:
- Interstício de 12% a cada três anos. PCS e PCC já com discussão na base;
- Fim imediato do desvio de função (lateralidade), com retorno do pagamento de substituições;
- Aumento dos membros componentes e democratização da Comissão de Empresa, refletindo as diversas frações do movimento sindical bancário do BB, que é por demais, plural;
- Compromisso do BB em manter os empregos dos trabalhadores oriundos das instituições financeiras incorporadas;
- Fim da co-participação na CASSI. O déficit dessa última deve ser reposto pelo Banco, que foi o autor e não pelos funcionários, que são vítimas;
- Implantação do Plano Odontológico;
- Compromisso do Banco do Brasil em fiscalizar as empresas terceirizadas que prestam serviços ao BB: auditoria para verificar se tais empresas cumprem suas obrigações trabalhistas. Cobrar junto ao Ministério Público responsabilização do BB sempre que uma empresa não cumprir as obrigações e o banco se negar a pagar os funcionários terceirizados. O Contratante é co-responsável;
- Banco do Brasil como indutor do fomento/desenvolvimento nacional sustentável, agente de estatização do crédito e não repassador de erário público para sanear os ativos podres da banca privada;
Acesse nosso blog: www.maisbancarios.blogspot.com
Escreva-nos! Mande sugestões, críticas e propostas: maisbancarios@gmail.com
Nossos telefones: Ailton (BB) Benfica (85) 87420500 Edinaldo (BNB): 88521837
INICIALMENTE assinam esta nota propositiva:
Ailton BB/Benfica * Cícero Cito BB/Benfica * Danniel Bustamante CEF/Sobral
Adroaldo BB/Conj. Ceará * Carlos Alberto BB/Pinto Martins * Daniele Lopes BB/Seis Bocas
É preciso Autonomia e Independência Sindical!
Desde a ascensão do governo Lula, alguns movimentos, sindicatos e setores, ao invés de mobilizarem-se com mais força em favor dos interesses coletivos que deveriam representar, aderiram à lógica de adaptação ao poder e dos acordos de ocasião.
Infelizmente, não tem sido diferente na atual gestão de nosso sindicato e na atuação da CONTRAF em nível nacional.
A participação pela base
Apesar disso, nossa categoria bancária tem conseguido construir greves importantes, como a última, a partir de uma consciência pela base da necessidade de participarmos e atuarmos coletivamente.
Isso significa dizer que, para além da crítica às direções sindicais que tentam enfraquecer a nossa luta, de maneira clara ou mesmo tácita, é preciso fazer a autocrítica de nossa atuação, como bancários(as).
Não basta estarmos em assembléias das greves. É fundamental que no dia-a-dia de nosso local de trabalho, discutamos e lutemos por melhores condições trabalhistas, de saúde, salariais, etc.
Os BANCOS (BB e CEF) podem e DEVEM dar mais.
A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 3,883 bilhões em 2008, com elevação de 62,3% em relação ao ano anterior, quando o lucro foi de R$ 2,392 bilhões. (agência O Globo, 12.02.2009).
O lucro do Banco do Brasil em 2008 registrou um crescimento de 74% em comparação ao de 2007 e ficou em R$ 8,8 bilhões, estabelecendo um novo recorde. No quarto trimestre do ano passado, o crescimento do lucro foi de 142% sobre o mesmo período do ano anterior, chegando a R$ 2,9 bilhões. (Folha On Line, 19/02/2009). E isso tudo, apropriando-se indevidamente do superávit da PREVI.
O crescimento da carteira de crédito é o maior desde 2000, encerrando o último trimestre do ano passado com R$ 224,8 bilhões.
O índice de cobertura das despesas de pessoal no Banco do Brasil (R$ 8,7 bilhões) com as receitas de prestação de serviços (R$ 10,5 bilhões) alcançou a marca de 121,7% no ano, contra 113,2% apurados em 2007. (Agência de notícias SISBB, 19/02/2009).
Vendo os números, percebemos como o nosso trabalho tem conseguido gerar cada vez mais resultados extraordinários ao BB e à CEF. Em contrapartida, porém, estes resultados não têm servido para reconhecer este nosso esforço, propiciando-nos melhores condições de trabalho.
De fato, como afirma a campanha publicitária do Banco do Brasil: “Nossas diferenças fazem a DIFERENÇA”. Mas não se trata da diversidade regional, mas do fosso entre os grandes executivos, gerentes, e a base da pirâmide: gerência média e escriturários, assistentes, etc.
A ALTERNATIVA É A MOBILIZAÇÃO!
Por isso, é fundamental estarmos em permanente estado de mobilização.
É preciso resgatar bandeiras esquecidas pela direção do sindicato, como a REPOSIÇÃO DE PERDAS SALARIAS, do governo FHC e a ISONOMIA entre funcionários. Mas não esta isonomia “por baixo”, onde o contingente de funcionários novos já é superior ao de funcionários pré-98, que, ao terem seu processo de saída acelerado, permaneceram apenas os novos funcionários, com direitos e salários rebaixados.
UMA ESTRATÉGIA CORRETA PARA AVANÇAR A LUTA
A mesa única da FENABAN tem contribuído para limitar a possibilidade de avanços, ao sujeitar praticamente toda a nossa expectativa, negociação e ação prática a esta mesa.
A maior representação disso é que nem a promessa de iniciar o debate sobre nosso PCS/PCC (no caso do Banco do Brasil) foi pra frente. O Banco recusou-se a estipular prazos ou mesmo indicar uma data para o início da discussão.
Infelizmente, terminamos a nossa greve, com apenas um abono “200 anos” de R$ 1300,00, e uma promessa de Plano Odontológico.
Nada sobre PCS, lateralidade, isonomia, condições de trabalho, etc.
E ainda sem a falta abonada do dia de greve “a mais” que o Ceará fez.
Logo, precisamos ter uma Mesa dos Bancos Públicos, para que o governo negocie conosco, de fato, estas questões que nos afetam diretamente.
Propostas BB E CEF:
- Fim da mesa única, com mesa dos Bancos Públicos;
- Isonomia de salário e direitos entre todos os funcionários(as), ampliando e não limitando ou reduzindo direitos;
- Reposição das perdas salariais desde a database de 1994, de modo escalonado até fins de 2010;
- Combate ao assédio moral;
- Banco Público a serviço do desenvolvimento nacional sustentável;
Banco do Brasil:
- Interstício de 12% a cada três anos. PCS e PCC já com discussão na base;
- Fim imediato do desvio de função (lateralidade), com retorno do pagamento de substituições;
- Aumento dos membros componentes e democratização da Comissão de Empresa, refletindo as diversas frações do movimento sindical bancário do BB, que é por demais, plural;
- Compromisso do BB em manter os empregos dos trabalhadores oriundos das instituições financeiras incorporadas;
- Fim da co-participação na CASSI. O déficit dessa última deve ser reposto pelo Banco, que foi o autor e não pelos funcionários, que são vítimas;
- Implantação do Plano Odontológico;
- Compromisso do Banco do Brasil em fiscalizar as empresas terceirizadas que prestam serviços ao BB: auditoria para verificar se tais empresas cumprem suas obrigações trabalhistas. Cobrar junto ao Ministério Público responsabilização do BB sempre que uma empresa não cumprir as obrigações e o banco se negar a pagar os funcionários terceirizados. O Contratante é co-responsável;
- Banco do Brasil como indutor do fomento/desenvolvimento nacional sustentável, agente de estatização do crédito e não repassador de erário público para sanear os ativos podres da banca privada;
Acesse nosso blog: www.maisbancarios.blogspot.com
Escreva-nos! Mande sugestões, críticas e propostas: maisbancarios@gmail.com
Nossos telefones: Ailton (BB) Benfica (85) 87420500 Edinaldo (BNB): 88521837
INICIALMENTE assinam esta nota propositiva:
Ailton BB/Benfica * Cícero Cito BB/Benfica * Danniel Bustamante CEF/Sobral
Adroaldo BB/Conj. Ceará * Carlos Alberto BB/Pinto Martins * Daniele Lopes BB/Seis Bocas
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