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MS ADVERTE: BB FAZ MUITO MAL À SAÚDE


BB: UM SANGUESSUGA DOS FUNCIONÁRIOS
“Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim
 E não dizemos nada.
Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão,
E não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada,
Já não podemos dizer nada.”
UM BANCO QUE MALTRATA OS FUNCIONÁRIOS
Desculpa, mas este texto, apesar do tamanho, é menor do que nosso martírio.

Lucro do BB vai a R$ 5,1 bi com alta do crédito é a manchete de todos os jornais.

E quem fez este resultado?
Quem vendeu as ações do Banco?
Quem vende seguros, previdência e capitalização?
Quem foi na semana e fins de semana telefonar para os clientes ofertando crédito?
Quem tem de cuidar da inadimplência das carteiras?
Quem tem de atender bem e na hora?
Quem tem de vender consórcios?

Certamente não são os que seguram o chicote.
Certamente não são aqueles que agora descomissionam funcionários.
Certamente não é aquele que lhe mandou um “abraço” pelo gratificante resultado do Banco.

E enquanto isso. Nós, funcionários, ficamos mais vulneráveis.
Porque o Banco nos pressiona e assedia todos os dias.
Com aqueles tabelas horrorosas nos cobrando para dizer quanto vendemos, mostrando quem vendeu mais e quem vendeu menos.
Ameaçando o tempo todo de descomissionamento.
Pressionando. Ameaçando. Assediando. Pressionando. Ameaçando. Assediando.

Nestes últimos anos do Banco do Brasil, temos sofrido seguidas derrotas.
E não há um sindicato que vá para cima. Na época de FHC, os sindicatos estariam fazendo todo o tipo de movimento, pressão.
Agora, o sindicato chapa-branca parece não ver nada disso, a ponto de deixar chegar a situações gritantes.

Derrotas várias.
Fim das substituições. Só retornaram para os primeiros gestores.
Re/Desestruturações com o desmonte de unidades como a antiga GEREL.
Terceirização nos processamentos de envelopes.
Diminuição/quase desaparecimento da verba de aprimoramento profissional.
Descumprimento contínuo do acordo em torno do Plano Odontológico.
Manutenção do funcionário “genérico” hoje maioria no Banco, com menos direitos que os que ingressaram antes de 1998.
Manutenção das perdas salariais (E o Sindicato fala em “aumento real”)
Enrolação permanente para implantação do PCS/PCC. Banco não cumpre prazo para entrega de proposta.
Pressão todos os dias para cumprimento das metas, absolutamente abusivas.
E descomissionamentos.
Morte no Rio de Janeiro em caso de descomissionamento.

E as justificativas para os descomissionamentos?
As mais ridículas: Falta de perfil e desempenho fraco.
Quem é mesmo que tem falta de perfil?
Quem “se mata” de trabalhar” ou quem resolveu tripudiar, descomissionando?

E o Banco nos amedronta o tempo inteiro:
Cuidado! “Vou colocar você (escriturário) na disponibilidade!
“Vou tirar sua comissão (comissionados)”
“Ninguém é insubstituível!”

Este é o Banco de quem?

Um banco que só lucra conosco!
Até com nossa “saúde” o Banco ganha.
A implantação do novo Plano de Assistência Farmacêutica da CASSI é feito através da Orizon Farma, que tem entre seus acionistas principais a CIELO, que por sua vez tem como acionistas principais o Bradesco e o BANCO DO BRASIL.

Quanto ao plano Odontológico, o Banco já admitiu criar ou comprar um pedaço de uma empresa especializada no setor, dependendo do negócio, de acordo com informação do vice-presidente de novos negócios do BB, Paulo Caffarelli, veiculada no site eletrônico do Diário Indústria Comércio e Serviços em 17.08.2010. Entende-se o porque de tanto demora na implantação deste Plano.

Mais estresse. Mais doenças. E em cumprimos a dupla jornada bancária, pois quando chegamos em casa, é no banco que pensamos, nas pendências do Banco, nas metas. E mais gente adoece. E ainda assim vai trabalhar com medo de perder a comissão.

Em meio a ameaças de descomissionamento, nós, funcionários, poderíamos ter alguma segurança se tivéssemos um Plano de Carreiras que incorporasse progressivamente as comissões exercidas ao salário. Mas, além do Banco não cumprir com o acordo, os sindicatos chapa-branca não pressionam o Banco.

O Banco merece neste ano a MAIOR GREVE DA HISTÓRIA deste governo, como nunca antes na história deste país. Porque nunca antes na história de um presidente ex-metalúrgico, nós bancários(as) fomos tão maltratados. Lutamos para derrotar o PSDB, os tucanos, porque queríamos acabar com este tipo de gestão neoliberal também no Banco do Brasil. Mas infelizmente temos o mesmo estilo de gestão, que se não crias os PDVs à moda “antiga” dos anos 90, é porque já não é mais necessário. Existem outros instrumentos de maus tratos.

É profundamente perversa a estratégia do Banco. Atinge um setor de cada vez. Desestrutura a antiga GEREL. Retira as substituições. Terceiriza o processamento de envelopes. Descomissiona um aqui, dois ali, três acolá. Ninguém diz nada. Ninguém reage. Por que? Porque não é consigo! Por medo! Por terror!

E continuamos sendo massacrados. Outros anestesiados, mais realistas que o rei, hoje são valorizados. Mas e amanhã? Quem garante que não serão eles os substituídos? Farão de tudo, até passar por cima dos outros, se necessário for – alguns com ‘elegância’, outros com ‘competência’, outros... – para manter-se em seus postos.

E vem aí o BB 2.0: mais comissões: que ótimo, não? Para o Banco é uma maravilha. Mais correntes para manter-nos mais servis. Seríamos o que Foucault chamou de corpos dóceis? Porque Plano de Cargos e Salários ... ah... para que? Se o Banco tem com que nos manter dóceis.

Não é à toa que quem pode e consegue, abandona o Banco por concursos públicos em setores em que ainda existe uma carreira que não dependa do servilismo em que hoje nos encontramos, dependentes de comissões sob o jugo de uma gestão opressora.

Nada mais sarcástica e assediosa que a mensagem do Banco: Sua carteira. Sua carreira. Para que maior recado de pressão e assédio que esta mensagem?

O Banco nos esmaga e sua diretoria merece que demos uma resposta à altura. Mas para tanto é preciso que nos organizemos.

Ou nós nos organizamos coletivamente para dar um basta a tudo isso. Mudar as direções sindicais atrasadas como as que havia nas décadas de 70/80 (início) ou continuaremos sujeitos a todo tipo de arbitrariedade e pressões. E enquanto não mudamos, passemos por cima. Antes que nem mesmo nossa voz nos reste.

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