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SEGUNDO TURNO E MOBILIZAÇÃO FORTE PRESSIONAM GOVERNO

O que estamos vivendo na campanha salarial deste ano merece uma análise adequada para sabermos como agir.

Desde o início, a tentativa da CUT foi a de postergar a campanha salarial para não prejudicar a eleição de Dilma, candidata de seu partido.

Conseguiram fazer até as vésperas do primeiro turno. Porém, não contavam com fatores que levaram a eleição para o segundo turno, entre os quais a votação na candidata Marina Silva (PV) que mesmo tendo o programa mais neoliberal, entre todos os candidatos, a vontade da população brasileira era de fugir ao caráter plebiscitário da eleição.

Chega o segundo turno e o medo de derrota, afinal, apesar do terror que significa um governo do PSDB, ainda existe uma fatia grande da sociedade que vota neles, e a candidata do PT não é um primor de carisma. Infelizmente são mais os fatores subjetivos do que a análise de propostas e projetos políticos que norteiam os votos. Afora as outras formas de obtê-los.

O que isso tem a ver com nossa campanha? TUDO.

Já no fim da semana passada, desesperados em fechar logo a "fatura", chegar o mais urgente possível a um acordo que acabasse com a greve, os negociadores dos Bancos Públicos, BB e CEF, pressionaram e se desentenderam com os dos bancos privados. Desentendimento que chegou a ser veiculado na imprensa e que levou para uma reunião no dia de hoje, véspera de feriado.

A Fenaban já subiu a proposta para 7,5% para salários até R$ 5.250,00 e 16,33% para o piso.
Porém, vale esclarecer que o piso da Fenaban é bem inferior aos do BB, CEF e BNB, por exemplo. Lá, o piso é de 1.074,46 e agora iria para R$ 1.250,00. Seria capaz o BB de apontar o mesmo índice para os pisos? E garantir a aplicação nos interstícios? Para acessar proposta completa da Fenaban, entre em: http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=23910
Como a proposta da CONTRAF/CUT já era, desde o início rebaixada, tanto que em pouco tempo, o BRB ofereceu reajuste acima da proposta e sem desconto de dias de greve, fica facilitado o serviço para um possível fechamento da fatura, pelo menos, em torno do índice.
 
Ora, o que o BB e CEF deverão fazer? Certamente, o BB apresentará uma proposta um pouco melhorada com relação à da Fenaban, jogará ainda com o Plano Odontológico mais uma vez, afirmando que já está "mais próximo" do que nunca. Que cumpriu com os Comitês de Ética (que nem paritários são) e mais alguma outra coisa, inclusive contratação de funcionários/as, quando isto é sua obrigação/necessidade, uma vez que sempre saem mais funcionários. Fala-se inclusive num novo Plano de Incentivo ao desligamento.
É hora de nós sabermos fazer a leitura da conjuntura e perceber que se ficarmos mais alguns dias juntos(as), BB e CEF, será pressão o suficiente para arrancar avanços no PCS, como interstício de 12% a cada 03 anos, ou pelo menos perto disso.

A nossa greve não pode ser sempre pelo que conseguimos com a Fenaban! O PCS é fundamental à nossa pauta. Todos somos provas vivas do que têm acontecido em nossas agências, em virtude das metas. Não podemos ficar reféns das comissões.

Mais do que nunca, sabemos o quanto não podemos depender só das comissões. O nível de pressão e assédio moral nos locais de trabalho têm esgotado com a saúde de tod@s os colegas. 

A CUT procurará vender a proposta como a melhor possível, e, de fato, terão elementos para ajudar nesta tarefa. É importante ficarmos atentos para saber se teremos questões importantes do PCS no Banco do Brasil incorporadas, inclusive com a incorporação progressiva das comissões, além do interstício.

Fiquemos de olho e aguardemos novas notícias.
Juntos somos cada vez MAIS e MAIS fortes!



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