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Bancários do BASA garantem democracia e preparam luta da categoria

Fonte: AFBNB
terça-feira, 5 de julho de 2011 
AFBNB participa do 3º Congresso dos Empregados do Banco da Amazônia    

Conselheiro fiscal da AFBNB, Henrique Moreira (primeiro à esquerda), participou do Congresso do BASA

O conselheiro fiscal da Associação dos Funcionários do BNB (AFBNB), Henrique Eduardo Moreira, esteve nos dias 1º e 2 de julho, em Belém (PA), representando a Associação no 3° Congresso dos Funcionários do BASA. “É com grande prazer que informo que a AEBA e os delegados vinculados politicamente à entidade (29 dos 45 delegados do Congresso) ganharam o Congresso. Na base da pressão, foi garantida a inscrição dos delegados do Maranhão (ligados politicamente à Conlutas), Tocantins e Amazonas (base da Contec)”, informa o conselheiro.

Durante os dois dias, os participantes discutiram e apresentaram propostas nos grupos de trabalho, como, por exemplo, a defesa da PLR linear. Na avaliação do conselheiro da AFBNB, o fato mais inusitado ocorreu no final: “foi aprovado em um grupo de trabalho o retorno da AEBA para a mesa de negociação. A mesa deixou essa votação por último e tentou terminar o Congresso sem votar esse ponto, mas a base começou a exigir a votação com palavras de ordem. O Miguel Pereira (secretário de Organização da Contraf/CUT) se inscreveu para explicar que o Congresso não poderia deliberar por isso, mas apenas o comando da Contraf/CUT. A pressão da base, que era a maioria, continuou fortíssima. Diante da situação, a mesa encerrou o Congresso sumariamente e representantes do Sindicato dos Bancários do Para/Amapá e o Miguel Pereira saíram corridos do Congresso levando o microfone e cercados por seguranças do hotel”.

Após o fato, a maioria permaneceu no Congresso e foi constituída nova mesa com a AFBNB participando. A proposta foi encaminhada e aprovada com 29 votos, por unanimidade. “Tudo foi filmado, fotografado, lavrado em ata e os crachás assinados pelos participantes”, afirma Henrique. Para ele, “a AEBA sai vitoriosa politicamente, ainda que a Contraf/CUT detenha o comando de negociação, porque soube trabalhar a unidade da oposição junto à forte participação da base no Congresso”.

Política de exclusão se repete no BNB

Vale ressaltar que a mesma Contraf/CUT repete a mesma postura em relação ao BNB, arvorando-se de “dona’ do movimento de negociação com o Banco e da organização e coordenação do Congresso dos Funcionários, escanteando do processo a AFBNB, entidade que, ao longo dos seus mais de 25 anos, nunca houvera sido alijada desses fóruns. Isso sem falar nos Sindicatos do Rio Grande do Norte, Maranhão, Montes Claros... Ou seja, de forma autoritária e unilateral, os representantes da Contraf/CUT excluíram do processo de representação dos trabalhadores do BNB as entidades que não comungam com a sua cartilha.

Para a AFBNB, buscar a unidade e a melhor forma de representar os trabalhadores de uma classe é assegurar o direito legítimo e democrático de todos os setores que atuam e dirigem o movimento de estarem participando, tanto dos fóruns da categoria como das negociações. A razão de ser do movimento são os trabalhadores, e este têm o direito de estarem representados por aqueles aos quais delegaram a direção das suas entidades. Assim, não aceitamos e repudiamos posicionamento autoritários e burocráticos. Unidade se faz com todos, não de forma unilateral!

Confira abaixo a matéria sobre o Congresso, divulgada no site da AEBA:

AEBA

3º Congresso dos Empregados do Banco da Amazônia: AEBA garante forte presença na construção da minuta especifica.
Belém, 04/07/2011 16h56

Foi realizado nos últimos dias 1 e 2 de julho no Hotel Beira Rio, em Belém o 3º CONGRESSO DOS EMPREGADOS DO BANCO DA AMAZÔNIA. O Congresso contou com a presença de 45 delegados com representatividade de todos os estados. Toda a diretoria executiva da AEBA estava presente, além dos diretores regionais da PA I, PA II, MA, AM,RR, Super GE e TO, reafirmando nosso compromisso com os espaços de discussão e deliberação, e com as lutas dos trabalhadores do Banco da Amazônia. O congresso tinha como objetivo definir os eixos de luta, as reivindicações especificas e a definição dos representantes dos empregados na mesa de negociação do Banco da Amazônia.

Nosso objetivo é o PCS

O congresso reafirmou que o objetivo mais importante dos empregados do Banco da Amazônia nesta campanha salarial é a conquista de um Novo Plano de Cargos e Salários (PCS)  – na visão da AEBA temos que iniciar essa campanha salarial com nosso perfil e com nossos objetivos. Faz algum tempo que o Banco tem cumprido o acordo da FENABAN, porém os demais Bancos Públicos Federais tem fechado acordos superiores aos da mesa da FENABAN e isso tem produzido uma diferenciação de salários e direitos dos empregados do Banco da Amazônia em relação a BB, CAIXA e BNB. Vamos fortalecer a campanha nacional, mas não podemos contar exclusivamente com ela, não podemos mais fechar acordos inferiores.

Saúde ganha destaque

Ganhou destaque no congresso o tema da saúde e condições de trabalho. Os debates giraram em torno da necessidade de aumento do reembolso do Banco que tem experimentado queda do seu valor real ao longo dos últimos anos. Diferentemente do ano passado, esse tema deve ser objeto de debates durante a campanha salarial para evitar que as perdas no reembolso do plano de saúde anulem os ganhos da campanha salarial.

Quanto a CASF, o congresso reafirmou a necessidade de luta pelo fim da quota-extra e por melhorias na gestão da CASF, com avanços no atendimento, na rede de credenciados e na necessidade de revisão do acordo entre CORAMAZON e Banco da Amazônia. Vale destacar que todas essas lutas já vem sendo travadas pela AEBA ao longo desses meses.

Novo Modelo de Negócios deve ser revisto – vamos seguir o exemplo de Santarém
O evento também discutiu a necessidade de reavaliação da estrutura implantada pelo Novo Modelo de Negócios. Atualmente, as unidades estão atravessando um momento muito difícil, com carência de infraestrutura de trabalho, falta de pessoal e de ferramentas tecnológicas apropriadas. O Novo Modelo de negócios apresenta resultados questionáveis quanto à melhoria no atendimento aos clientes e na rentabilidade do Banco, porém, seus resultados perversos na saúde e condições de trabalho dos empregados são bastante visíveis. O atual quadro de lotação das unidades não é suficiente, em virtude do atraso tecnológico e as condições de trabalho são preocupantes. O congresso reafirmou posição divergente do Novo Modelo de Negócios e aprovou deliberações que apontam no sentido da sua revisão.

Confira os principais itens da pauta especifica aprovada no Congresso:
1. A luta pelo Novo PCS será o eixo e a prioridade de nossa campanha salarial – vamos lutar para fechar uma cláusula que inclui mesa paritária para o tema, prazos, metodologia e contratação conjunta de consultoria especializada.

2. No âmbito da campanha salarial bancária vamos lutar por:
- Piso do DIEESE;
- Reajuste negociado (administrativamente) para os TCs vinculados ao CREA, como reconhecimento das decisões judiciais – uma vez que o Banco está onerando seu orçamento com batalhas judiciais perdidas;
 - Lutar para que o Quadro de Apoio tenha o direito de concorrer a funções comissionadas no Banco da Amazônia.
- Garantir isonomia de piso da carreira bancária com os demais Bancos Públicos Federais;
- Nivelar o Salário dos Supervisores de Agências pelos dos supervisores da Direção Geral;
- Décimo Terceiro para tíquete e cesta alimentação;

DIRETORIA DA AEBA GARANTE DEMOCRACIA NO CONGRESSO.
Mais uma vez, a CONTRAF/CUT e o Sindicato dos Bancários do Pará adotaram métodos antidemocráticos para evitar resoluções de base que contrariam seus interesses políticos. Utilizaram de todos os tipos de estratagemas para alijar a AEBA da Mesa de Negociação Especifica do Banco da Amazônia. A presença da AEBA nessa mesa era sabidamente a vontade da maioria dos delegados presentes no congresso.

No sábado pela manhã, essas entidades se recusaram a credenciar os delegados do Amazonas e Tocantins, sob a alegação de que os nomes dos delegados não haviam sido informados via e-mail.

Somente depois que os delegados desses Estados provaram o envio dos nomes, depois de terem feito contato com os diretores dos sindicatos, é que os delegados foram devidamente credenciados. Se a Diretoria da AEBA não tivesse lutado pelo credenciamento desses delegados a CONTRAF/CUT e o Sindicato do Pará teriam conseguido evitar que esses legítimos representantes dos trabalhadores fossem credenciados delegados do congresso, entre eles,estavam inclusive,  os Diretores da AEBA do Amazonas e Tocantins.

AEBA GARANTE NA BASE A COORDENAÇÃO DA MESA DE NEGOCIAÇÕES

Durante os grupos de discussão, os delegados levantaram a proposta de que a coordenação da mesa específica do Banco da Amazônia deveria estar a cargo da AEBA, ainda que a competência legal para assinatura do ACT seja dos sindicatos, a proposta de encarregar à AEBA a coordenação das entidades sindicais no processo de negociação específica é bastante plausível, em virtude do grau de informações e experiência que a AEBA possui em relação aos temas do Banco da Amazônia. A AEBA não concorda que a coordenação das negociações especificas do nosso Banco esteja a cargo do Comando Nacional da CONTRAF/CUT,pois este não conhece nossa realidade e que já coordena a mesa única da campanha nacional.

Essa proposta contava com o apoio da CONTEC, Sindicato dos Bancários do Amazonas, Tocantins, Maranhão e com a maioria dos delegados eleitos do 3º Congresso dos Empregados do Banco da Amazônia representando os demais estados. De forma autoritária e antidemocrática, a mesa coordenadora dos trabalhos do congresso, formada pela CONTRAF/CUT e pelo Sindicato do Pará não colocou o assunto em pauta no momento certo, remetendo a questão para o final do evento. Era apenas uma mentira, no final do evento os integrantes da mesa se retiraram do congresso usurpando o direito dos delegados eleitos de decidir sobre a composição da mesa de negociação. Ninguém tem mais autoridade para definir quem deve negociar  a não ser os legítimos delegados representantes dos empregados reunidos em um congresso nacional.

Depois que a CONTRAF/CUT e o Sindicato do Pará fugiram do congresso, a maioria dos delegados eleitos permaneceram no local e votaram por unanimidade que a mesa de negociação especifica dos empregados do Banco da Amazônia seja coordenada pela AEBA.
Essa decisão foi tomada por 28 delegados, haja vista que no congresso havia 45 delegados inscritos, consideramos que se trata da vontade da maioria e foi exatamente por isso que a CONTRAF/CUT e o Sindicato do Pará se retiraram do congresso, porque a maioria não estava de acordo com a exclusão da AEBA da mesa de negociações, como eles propunham.

Veja a lista dos delegados que votaram na proposta da AEBA em coordenar a mesa de negociações. Desafiamos a CONTRAF/CUT a exibir a lista dos delegados contrários a essa proposta.

NÃO HAVERIA CONGRESSO SEM A PRESENÇA DA AEBA

Restam completamente infundadas as acusações da Diretoria do Sindicato dos Bancários do Pará, segundo a qual, a Diretoria da AEBA estava tumultuando o congresso, por que não haveria congresso sem a participação da AEBA. Na própria foto veiculada no site do sindicato, vê-se logo que a maioria dos delegados estavam usando a camisa da AEBA.

A AEBA garantiu a vinda de vários delegados ao congresso e se esforçou para divulgá-lo ao máximo, além disso, reconhecemos todas as deliberações do congresso e vamos lutar pela vitória das propostas definidas na minuta específica. Eram favoráveis as propostas da AEBA os delegados do Maranhão, Tocantins, Amazonas, a maioria dos delegados do Pará, da capital e do interior e ainda, conquistamos a simpatia e o apoio dos delegados do Mato Grosso, Rondônia, São Paulo e Acre.

ELES QUEREM GANHAR NO TAPETÃO!

Repetiu-se nesse congresso o que aconteceu na eleição para o Sindicato dos Bancários do Pará, depois de perder na base, na decisão dos empregados eleitos com legitimamente e credenciados pela própria CONTRAF/CUT, essa entidade tenta ganhar no tapetão.
Não é o comando nacional que decide quem negocia os acordos específicos, mas sim a base do Banco da Amazônia, respeitar a vontade da maioria é um dever de todas as entidades e de todos os dirigentes sindicais.

Vamos à Luta Juntos
 
Fonte: AFBNB, com informações da AEBA

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