Reproduzimos aqui abaixo resposta do colega Ailton Lopes, da agência Benfica (CE), do Banco do Brasil a um colega que lhe escreveu questionando sobre a possibilidade de algo mais eficaz em nossa luta do que uma greve.
Colega,
Eu acho que qualquer pessoa séria, no sentido que esta palavra possa representar alguém comprometido com a luta de uma coletividade, é/será favorável a uma proposta que tenha mais intensidade do que a greve.
Eu concordo. O problema é: Qual é a alternativa?
Não pense que não penso sobre isso. Acho que, como vc, todos os que levam isso a sério, pensam, refletem, mas, sinceramente, até hoje não consegui (vou continuar refletindo) pensar em algo melhor.
E também não encontrei ninguém que me apontasse algo melhor.
Então, por enquanto, é o que temos de melhor,
Agora, também, é importante relativizar esta questão de que os bancos não perdem com a greve.
Porque eu sei que a maioria dos empréstimos, fundamental em qualquer banco de varejo, são feitos nas agências e não nos caixas eletrônicos ou internet.
Muitos negócios também.
Não é à toa que o Banco do Brasil, por exemplo, exige o tempo inteiro dos gerentes de relacionamento, contatos telefônicos, via Central de Negócios, com os clientes.
E a maioria deles/as (clientes) ainda assim preferem vir pessoalmente à agência para decidir por fechar ou não o negócio.
Isto tem a ver, certamente, com o tipo de sociedade que ainda temos no nosso país.
Uma sociedade que, apesar de cada vez mais informatizada, não tem confiança total nestes meios eletrônicos.
Daí, a preocupação tão grande dos banqueiros em investir cada vez mais na segurança de suas tecnologias ou em tecnologias de segurança.
Isso, pensando globalmente, porque também há os casos os mais diversos, inclusive daqueles/as que preferem um atendimento personalizado.
Se, de fato, a greve não trouxesse prejuízo, eles nunca saíriam de uma proposta x para outra um pouco maior.
O problema é que se tivéssemos lideranças sindicais realmente preocupadas com a maioria, nós jogaríamos o jogo pra valer.
Ou o máximo ou nada.
Pois na hora que os banqueiros aumentam o lance, é que devemos arrochar ainda mais a greve, pois mostra que é a hora que eles estão começando a perder!
E aí, num grande movimento de tanta energia, certamente eles usarão armas ainda mais fortes.
E, daí, quem saiba surja a criatividade, algo de novo. Propostas diferentes de como enfrentar os patrões.
Uma coisa eu sei, meu caro amigo (se puder assim lhe chamar)...
A criatividade não costuma nascer da ociosidade, mas da turbulência, da efervescência, da ebulição...
É aí que o novo costuma sempre irromper!
Abraço,
Ailton
Colega,
Eu acho que qualquer pessoa séria, no sentido que esta palavra possa representar alguém comprometido com a luta de uma coletividade, é/será favorável a uma proposta que tenha mais intensidade do que a greve.
Eu concordo. O problema é: Qual é a alternativa?
Não pense que não penso sobre isso. Acho que, como vc, todos os que levam isso a sério, pensam, refletem, mas, sinceramente, até hoje não consegui (vou continuar refletindo) pensar em algo melhor.
E também não encontrei ninguém que me apontasse algo melhor.
Então, por enquanto, é o que temos de melhor,
Agora, também, é importante relativizar esta questão de que os bancos não perdem com a greve.
Porque eu sei que a maioria dos empréstimos, fundamental em qualquer banco de varejo, são feitos nas agências e não nos caixas eletrônicos ou internet.
Muitos negócios também.
Não é à toa que o Banco do Brasil, por exemplo, exige o tempo inteiro dos gerentes de relacionamento, contatos telefônicos, via Central de Negócios, com os clientes.
E a maioria deles/as (clientes) ainda assim preferem vir pessoalmente à agência para decidir por fechar ou não o negócio.
Isto tem a ver, certamente, com o tipo de sociedade que ainda temos no nosso país.
Uma sociedade que, apesar de cada vez mais informatizada, não tem confiança total nestes meios eletrônicos.
Daí, a preocupação tão grande dos banqueiros em investir cada vez mais na segurança de suas tecnologias ou em tecnologias de segurança.
Isso, pensando globalmente, porque também há os casos os mais diversos, inclusive daqueles/as que preferem um atendimento personalizado.
Se, de fato, a greve não trouxesse prejuízo, eles nunca saíriam de uma proposta x para outra um pouco maior.
O problema é que se tivéssemos lideranças sindicais realmente preocupadas com a maioria, nós jogaríamos o jogo pra valer.
Ou o máximo ou nada.
Pois na hora que os banqueiros aumentam o lance, é que devemos arrochar ainda mais a greve, pois mostra que é a hora que eles estão começando a perder!
E aí, num grande movimento de tanta energia, certamente eles usarão armas ainda mais fortes.
E, daí, quem saiba surja a criatividade, algo de novo. Propostas diferentes de como enfrentar os patrões.
Uma coisa eu sei, meu caro amigo (se puder assim lhe chamar)...
A criatividade não costuma nascer da ociosidade, mas da turbulência, da efervescência, da ebulição...
É aí que o novo costuma sempre irromper!
Abraço,
Ailton
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