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POR QUE A GREVE CONTINUA NO BNB?


Do site: www.afbnb.com.br
Benebeanos seguem na luta!

Passados 22 dias da deflagração da greve, a Direção do BNB não se dignou em apresentar uma proposta que fosse aceitável. Pelo contrário, frustrou mais uma vez todas as expectativas dos funcionários ao fazer-lhes um verdadeiro insulto. É exatamente esse o termo adequado para a vergonhosa proposta apresentada pelo Banco. Ao contrário dos demais bancos como BB e CEF, que também são instituições do governo federal, a direção do BNB parece continuar fingindo que a greve não é real e que não está incomodando, ao não tomar qualquer iniciativa junto aos órgãos superiores para por fim à greve, já que não se julga autônoma o suficiente para resolver. Então, se assim se comportam, a ordem é intensificar mais ainda o movimento. Greve neles, até entenderem que quem gera os lucros e resultados do banco merece respeito e reconhecimento. Dessa forma, destacamos alguns motivos, entre vários, que justificam e levaram os funcionários do BNB a continuarem em greve:
- A “proposta” do Banco não contempla a Isonomia; o banco insiste em continuar dando tratamento diferenciado aos seus funcionários;
- A “proposta” do Banco não corrige o Plano de Cargos e Remuneração, que é uma vergonha;
- A “proposta” do Banco apresenta retrocessos em relação aos dias parados;
- A “proposta” do Banco não corrige o piso e a curva salarial como nos privados e também nos públicos BRB, BB e CEF, sendo, portanto, rebaixada e bem inferior às desses bancos.
Conforme a AFBNB tem afirmado ao longo do movimento, ao expor os reais motivos da greve, que sem alternativas para as questões específicas não seria possível voltar ao trabalho, a entidade reafirma seu entendimento pela intensificação do movimento. Assim, conclama mais uma vez a todos para que permaneçam firmes coesos e mobilizados. A greve continua até a vitória!
Orientação: Conforme definido na assembléia do Ceará, sugerimos aos sindicatos, a realização de manifestações públicas em todas as agências do BNB, principalmente nas capitais, na próxima quarta-feira (19). Hoje, às 13h, haverá manifestação na Praça Jader Colares, no Passaré.
Todos os Sindicatos da base do BNB, com exceção de Pernambuco e de Teófilo Otoni, votaram ontem pela CONTINUIDADE da greve no BNB:


- Sindicato dos Bancários de Alagoas
- Sindicato dos Bancários da Bahia
- Sindicato dos Bancários de Campina Grande e região
- Sindicato dos Bancários do Ceará
- Sindicato dos Bancários do Maranhão
- Sindicato dos Bancários de Montes Claros e região
- Sindicato dos Bancários da Paraíba
- Sindicato dos Bancários do Piauí
- Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte
- Sindicato dos Bancários de Sergipe
- Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e região

Abaixo, as propostas específicas do Banco do Brasil e Caixa Econômica:
Banco do Brasil:
Reajuste de 9% sobre todas as verbas salariais e benefícios. O mesmo reajuste será aplicado no VCPI, garantido o interstício sobre esta verba;

- Piso passa para R$ 1.760; com reflexo na curva do PCR (interstícios). Cada M passa a valer R$ 97,35;

- Retroatividade no mérito na carreira do PCR até 1998;

- VCP de 12 meses no retorno da licença saúde;

- Trava reduzida para um ano em caso de concorrência de posto efetivo para comissionamento;

- Reestruturação do Programa Recuperação de Dívidas, com redução da taxa de juros e aumento no prazo de pagamento;

- Ampliação de 55.261 para 68.057 no público do programa de aprimoramento, com aumento de valor de R$ 200 para R$ 215;

- SACR - Remoção automática no Posto Efetivo para funcis de CABB - O funcionário não precisará pedir dispensa da comissão para a remoção automática;

- Extensão do PAS - Adiantamentos para incorporados que optaram pelo regulamento do BB e pertençam aos planos de saúde Economus, Fusesc ou Prevbep;

- Instalação em até 30 dias de mesas temáticas para debater questões do PCR, PC (substituição, Carreira de Central de Atendimento, 55%) e Jornada de Trabalho; na primeira reunião será estabelecido o cronograma de encerramento dos trabalhos;

- Cálculo da PLR 2011-01 considerou a proporcionalidade do mesmo período do ano passado:
. Escriturário - R$ 3.571,46 (13,1% maior do que o 1º semestre de 2010),
. Caixas, Atendentes e Auxiliares - R$ 3.912,16 (12,5% maior do que o 1º semestre de 2010),
. Demais Comissionados - de 1,62 a 3,0 salários (em média 9,9% maior do que o 1º semestre de 2010);

- Renovação do ACT em vigor com manutenção da cláusula de trava de descomissionamento;

- Ratificação da cláusula de desconto dos dias parados igual a do ano passado, e

- 1.000 bolsas de graduação e 500 bolsas de pós graduação.
Caixa Econômica:
Novo aumento no piso dos bancários, que se daria com uma mudança na tabela do Plano de Cargos e Salários (PCS). Pela proposta, os novos concursados passariam a ingressar no banco na Referência 202 e, depois de 90 dias, avançariam automaticamente para a 203. Dessa forma, o salário após os 90 dias do contrato de experiência passaria dos atuais R$ 1.637 (valor atual da ref. 202) para R$ 1.826 (referência 203 já aplicado o reajuste de 9% negociado com a Fenaban) representando assim um reajuste de 11,55% nesse piso. Todos os empregados que hoje ocupam a referência 202, passariam automaticamente para a 203. O mesmo vale para a Carreira Profissional, na qual os pisos passariam a ser a referência 802 no ingresso, com valor de R$ 7.932, e a referência 803 após 90 dias de contratação, com o valor de R$ 8.128.
Além disso, o banco concordou em repassar o aumento de R$ 39 na tabela do PCS conquistado ano passado para os bancários que estão na tabela do PCS antigo.
Outro avanço importante da proposta é a contratação de 5 mil novos empregados para o banco. A redação da cláusula prevê a ampliação do quadro dos atuais 87 mil empregados para 92 mil, com compromisso assumido pela Caixa de atingir esse número até dezembro de 2012.
Outros pontos da CEF:
Saúde do trabalhador - ampliação de 16 para 180 dias da garantia de manutenção de função para trabalhadores afastados por motivo de saúde. Atualmente após 15 dias de afastamento o gestor da unidade tem a opção de manter ou retirar a função do empregado em licença médica por até 180 dias. Embora o pagamento do valor permaneça na complementação por até 6 meses em caso de doença comum, por até 2 anos para doenças graves e por tempo indeterminado se for acidente de trabalho, é comum que os gestores retirarem a titularidade, o que gera redução salarial no retorno da licença. Caso a proposta seja aceita, se o trabalhador em questão voltar antes de completar 180 dias de afastamento, terá garantida a titularidade da função.
Saúde Caixa - a proposta prevê que o filho maior de 21 anos comprovadamente sem renda continue até os 24 anos no plano como dependente indireto mesmo que não esteja estudando. Além disso, o empregado poderá manter o filho no plano até os 27 anos desde que não tenha renda e esteja estudando.
Superávit - O banco se compromete a discutir a destinação do superávit do Saúde Caixa para melhorias no plano, mas considera necessários mais estudos. O tema será remetido para discussão no GT Saúde Caixa, que terá autorização da empresa para uma negociação efetiva. O mesmo acontece com a criação de estruturas específicas em todos os estados para o Saúde Caixa e questões de saúde do trabalhador dentro do banco.
Auxiliares de serviços gerais - empregados nesta carreira receberão reajuste linear de R$ 60 além do aumento negociado na Convenção Coletiva. Com a incidência das vantagens pessoais e adicional por tempo de serviço, o valor pode chegar a R$ 106 em muitos casos.
Representante no Conselho de Administração - o banco aceita alterar seu estatuto para permitir que empregados que não tenham ocupado função de gestor possam concorrer ao cargo.

Crédito para calamidades - a Caixa propõe a criação de uma linha de crédito especial para os empregados chamada Empréstimo Calamidade. Com ela, caso um trabalhador do banco perca seus bens em uma ocorrência desse tipo (enchente, desabamento entre outras), o banco disponibilizará um empréstimo de até 10 salários padrão, limitada à margem consignável, para ser pago em até 60 vezes sem juros com carência de 90 dias. É necessário que o município do empregado decrete estado de calamidade pública.
CCV para Inativos - a proposta prevê ainda a abertura de Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) para inativos em todos os sindicatos e para qualquer assunto. Recentemente a Caixa assinou acordo para aplicação da comissão, a título de piloto, apenas com alguns sindicatos por prazo determinado (já vencido) e somente para discutir o Auxílio alimentação. Com a aceitação da proposta serão assinados novos aditivos com todos os sindicatos que desejarem, sem as atuais limitações.
CCV específica sobre 7ª e 8ª hora - pela proposta, a Caixa e a Contraf-CUT se comprometem a assinar, até 60 dias após a assinatura do acordo aditivo, um termo aditivo estendendo a CCV para os empresados da ativa que queiram reivindicar diretos referentes à 7ª e 8ª hora dos cargos de natureza técnica.
Compensadores - a Caixa concorda em atender a reivindicação dos empregados que trabalhavam na extinta compensação de cheques de incorporação do adicional noturno, utilizando os termos do RH151. Dessa forma, a incorporação será válida para os trabalhadores que têm no mínimo 10 anos de trabalho na função e o valor será calculado com base na media dos últimos cinco anos.
Menor taxa no consignado - Adoção, para os empregados da ativa, aposentados e pensionistas, da menor taxa de juros praticada pela Caixa para o empréstimo consignado.
Fonte: AFBNB

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