Triste ou deplorável. Qualquer
uma dessas palavras, infelizmente, serve para definir o atual estado da
diretoria de nosso Sindicato.
A última assembleia convocada pela gestão decadente do sindicato, dia 27 de abril, foi mais uma demonstração de como nosso sindicato vem sendo mal conduzido.
A importância da assembleia residia no fato de que ela elegeria a Comissão Eleitoral das eleições do Sindicato.
A Comissão Eleitoral é quem organiza e coordena todo o processo eleitoral. É quem tem poder de impugnar chapas, de decidir sobre itinerário de urnas, responder a pleitos das chapas, entre outras coisas.
VAMOS AOS FATOS:
1) O colega Ailton Lopes, do Banco do Brasil, apresentou a proposta de que a Comissão Eleitoral fosse proporcional. O que significa isso?
Significa que ambas as chapas (situação e oposição) estariam representadas na Comissão Eleitoral, de maneira proporcional ao número de votos obtidos na Assembleia.
Exemplo: Se a Comissão Eleitoral é composta por três membros, e uma das chapas obteve 1/3 dos votos, ela indicaria um membro na Comissão Eleitoral.
2) A diretoria do Sindicato apresentou a proposta de que a Comissão Eleitoral fosse majoritária. O que significa isso?
Significa que apenas a chapa que tivesse o maior número de votos na Assembleia indicaria TODOS os membros da Comissão Eleitoral.
3) As propostas foram apenas citadas, sem qualquer esclarecimento. O colega Ailton Lopes pediu, então, para explicar sua proposta para os colegas. O presidente do Sindicato negou, apoiado por uma claque que não estava interessada em discutir nada. Houve colegas que, quando perguntados sobre o que significavam as propostas, sequer sabiam explicar, depois de terminada a assembleia.
4) Ou seja, a atual diretoria do Sindicato terá uma Comissão amplamente atrelada aos seus interesses. A chapa de oposição, depois de formada, terá “direito”de indicar um único membro, assim como a chapa da situação. Logo, a chapa de situação terá o CONTROLE TOTAL da Comissão Eleitoral, tendo 04 (quatro) dos seus cinco membros. Você acha isso democrático?
5)
Com uma ampla maioria, conquistada através da
arregimentação de todos os diretores do sindicato. Além trazer apenas os
colegas do interior que os apoiavam (não trouxe nenhum colega independente), para os quais foi pedido
dispensa de seu trabalho junto ao Banco pelo sindicato. E de colegas de bancos privados
que foram trazidos sob o pretexto de “defender o emprego dos atuais diretores
dos bancos privados”, a atual diretoria do sindicato, junto com os que lhe
foram coniventes, ganharam todas as votações.
Apenas no momento de defesa das chapas, foi aberto espaço à fala dos que não compunham a mesa. O atual presidente do Sindicato ainda quis limitar o tempo a um minuto para cada chapa. Só depois, sob pressão, ampliou para três minutos.
Sabendo da assembleia “de cartas marcadas” que lá estava posta, Ailton Lopes, em nome das oposições, aproveitou a oportunidade para, apesar das manobras da diretoria do sindicato, agradecer a tod@s @s colegas que lá compareceram, apesar de ser uma sexta-feira, para tentarem mudar o nosso sindicato.
Foi lançado, então, um convite: “A hora da mudança chegou”. É preciso que cada colega, desde já, peça voto em seu local de trabalho, para a futura chapa das oposições. Uma chapa ampla, plural, democrática, sem radicalismos, aberta e independente dos patrões, dos governos e de partidos.
As eleições devem de ocorrer dentro de pouco tempo. Logo, pedimos que cada colega nos ajude nessa empreitada para que o Sindicato volte a ter a nossa cara, a cara de todos os bancários e bancárias.
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