MAIS Bancários Movimento de Autonomia e Independência Sindical

Esta é uma notícia que gostaríamos muito de não postar em nosso blog. Nesta madrugada de domingo (14/08), faleceu o nosso camarada David Sá, presidente do Sindicato dos Bancários(as) do Maranhão, vítima de uma parada cardíaca. Ao contrário do que diz o capitalismo, ninguém é substituível. E David Sá e(ra) um dos imprescindíveis. Dos poucos momentos que convivemos com David Sá, uma certeza tínhamos: sua convicção inabalável na defesa intransigente da classe trabalhadora. Um camarada que não se deixou capturar pela burocracia sindical nem cedeu à ditadura dos impossibilismos. Logo após a belíssima notícia de que no dia 11/08, quinta-feira, os bancários (as) do Maranhão haviam conseguido, na justiça, uma vitória contra os abusos do Banco do Brasil, restituindo as funções a diversos colegas que haviam sido descomissionados por mera perseguição política e desrespeito por parte dos que dirigem o Banco do Brasil, lamentavelmente, recebemos esta triste notícia. A luta, porém, não acabou.

Do site do sindicato dos bancários do Maranhão Vitória dos bancários! Justiça manda reintegrar descomissionados do BB Justiça deferiu pedido do SEEB-MA e concedeu tutela antecipada, determinando que o banco restitua as funções dos descomissionados. 11/08/2011 às 13:10 SÃO LUÍS (MA) - Os bancários e bancárias do Banco do Brasil que foram injustamente descomissionados obtiveram uma grande vitória nesta quinta-feira (11). A Justiça do Trabalho deferiu o pedido do Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA) e concedeu tutela antecipada, determinando que o banco restitua, no prazo de dez dias, as funções dos empregados descomissionados e o fim de qualquer ato de destituição em relação àqueles que ainda não tiveram suas funções suprimidas. Em sua decisão o juiz, Saulo Tarcísio de Carvalho Fontes, fez duras críticas à conduta do banco com seus empregados, a qual classificou como “intimidatória e ditatorial” e totalmente inadequada “às concepções modernas que devem nortear as relações

Diante dos descomissionamentos seguidos nas agências do Banco do Brasil, em todo o país, porque a única coisa feita pelas direções sindicais são publicações em seus jornais, quando muito, e assessoria jurídica aos afetados? Seria medo de enfrentar a diretoria do Banco ou é conivência mesmo? No mês dos descomissionamentos, também deveríamos ter o mês das paralisações e das abstinências de vendas, ou seja, não vendermos nenhum produto! Porque nenhuma atitude verdadeiramente incisiva desta diretoria?

O Banco do Brasil continua desrespeitando um direito histórico conquistado pelos bancários (as): o direito a trabalhar 6 (seis) horas. Como se a jornada atual de trabalho não fosse o suficientemente extenuante e o lucro cada vez maior às custas do adoecimento da categoria, o Banco exige dos funcionários (as) que detêm qualquer função, mesmo dos que não são administradores, uma jornada de 08 (oito) horas, no ponto eletrônico. Esta é mais uma fraude trabalhista do Banco do Brasil. Na quinta-feira, dia 11 de agosto, estaremos como Frente Bancária de Oposição no prédio da Praça do Carmo e, através, de delegados (as) sindicais, divulgando esse dia nas demais agências. Diferentemente da diretoria do Sindicato, nós queremos o envolvimento de toda a categoria em mais esta luta.

Hoje, terça-feira, dia 09/08, presenciamos mais uma atitude vergonhosa da diretoria de nosso sindicato. Num acinte à democracia, "chamaram" na surdina uma Assembleia que era do interesse de todos os bancários (as). Nem mesmo um e-mail eles dignaram-se de enviar aos bancários informando de referida assembleia. Aprovaram uma pauta rebaixada com um índice de 5%, além da mera reposição da inflação. Como se não bastasse, a diretoria do Sindicato sentiu-se plenamente à vontade para votar pelo desconto assistencial de 1% no salário dos bancários (as) sindicalizados e de 2% dos não sindicalizados, de uma única vez, após a campanha salarial. Ou seja, antes mesmo de saber de que ordem serão as despesas com a campanha salarial, eles já decidiram que vão cobrar a mais, além das nossas contribuições costumeiras, mais 1% a 2%. Segundo o diretor do Sindicato, Marcos Saraiva, "a base (o conjunto dos bancários) não veio para assembleia porque entendeu que não estava na hora de participar

Pela verdade, pela justiça e pela democracia, adira à campanha pela compra de óleo de peroba para a diretoria do sindicato. Cumprindo decisão coletiva da Frente Bancária de Oposição (FBO), os delegados sindicais Ailton Lopes (Benfica) e Fernando Saraiva (CSL Plataforma Fortaleza), recorreram da decisão da justiça que manteve o processo de eleição de delegados sindicais, tanto que a advogada do sindicato foi notificada neste último dia 26/07/2011 do recurso dos reclamantes. O processo é o de número 921-35.2011.5.07.0007 e pode ser acompanhado por qualquer cidadã(o) no próprio site do TRT (http://www.trt7.gov.br). O processo ao qual a diretoria do sindicato faz menção no Tribuna Bancária é outro que nosso advogado havia entrado, apenas para complementar o pedido do primeiro. No entanto, como se tratava de mesmo objeto e as partes eram as mesmas, o recurso com que entramos com relação ao primeiro processo preserva o nosso objetivo que é o de fazer um novo processo eleitoral verdadeiram